Encostas D'Aire
- Details
- Categoria: denominando
Seja bem-vindo à Portugal. Bem-vindo ao norte da região vitivinícola de Lisboa, onde são produzidos os vinhos da denominação de origem Encostas D’Aire. Aproveite a viagem!
O nome. Por que Encostas D’Aire? Porque estamos na região da Serra de Aire, elevação que chega a 678 metros de altitude, e que é conhecida, entre outras coisas, pelas suas deslumbrantes grutas naturais.
Encostas D' Aire está oficialmente reconhecida como denominação de origem desde 2005, assim como suas sub-regiões Alcobaça e Ourém, mas a vitivinicultura, aqui, vem de longa data.
A produção local é de fato, muito grande. Mas a maior parte dela é de vinho que não se enquadra dentro da legislação oficial da denominação de origem, e costuma ser considerado de baixa qualidade. Certamente não é desse vinho, chamado na Europa de vinho de mesa, que estamos falando. Mas, se quiser ler mais sobre o termo vinho de mesa, e entender o seu significado em diferentes locais, clique aqui.
Os vinhos rotulados, oficialmente, como Encostas D’Aire podem alcançar níveis de qualidade exemplares, e podem ser tintos, brancos ou rosés, além daqueles rotulados como Medieval de Ourém.
As castas tintas autorizadas para a produção de vinhos, em Encostas D’Aire, são principalmente Aragonez, Baga, Castelão, Tinta Miúda, Touriga Nacional e Trincadeira, que devem representar, juntas ou separadamente, ao menos 65% do corte do vinho.
Os vinhos tintos dessa denominação de origem costumam ser de cor clara rubi, e de caráter leve, ou ligeiro. Equilibrados, apresentam uma adstringência na juventude que vai se atenuando com o passar do tempo.
As principais castas brancas autorizadas, por sua vez, são Arinto, Fernão Pires, Ratinho, Seara Nova, Tamarez e Vital, devendo compor, também, pelo menos 65% do corte.
Os vinhos brancos de Encostas D’Aire normalmente são de cor amarelo citrino, com aromas marcantes e tipicamente frutados, e também com notável persistência.
Uma curiosidade? O Tratado Teórico e Prático da Agricultura das Vinhas, da Extracção do Mosto, Bondade e Conservação dos Vinhos, e da Destilação das Águas Ardentes, escrito em 1822 por Teixeira Gyrão, já fazia referência aos vinhos de Ourém, sub-região de Encostas D’Aire.
Para encerrar, se quiser ler mais sobre a produção de vinhos em Portugal, clique aqui.
Seguir @tintosetantos Tweetar